segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O mau uso da inveja


A inferência da economia social na economia libidinal é uma realidade e temos que lidar com isso. Até porque o pano de fundo de todas as engendrações humanas é o econômico.  Há atualmente um comércio de imagens, um convite ao abuso das imagens ou do campo imaginário.
Imaginário, Simbólico e Real são três registros caros a psicanálise lacaniana. Bases de todo o desenvolvimento, compreensão e prática psicanalítica, em especial a lacaniana. Lacan se diz freudiano, então nos dizemos freudolacanianos.
Muito do que faz problema no nosso convívio diário, está no campo das relações humanas, ou na economia das relações e o objeto em causa.  E este objeto toma várias, ou inúmeras versões. Por exemplo, ser excluído por não possuir o objeto de desejo de uma maioria. Desejo este pré-dado, encomendado pelo discurso capitalista que dita o que deve ser consumido. Entenda-se que discurso é aquilo que engendra um modo de ser e estar no mundo. Não ter a coisa, ou o objeto que representa um lugar de reconhecimento na cultura, traz prejuízo e possibilita o mau uso da inveja.

A passagem da representação da coisa para a representação da palavra é o trabalho na clínica psicanalítica, ou mais precisamente de uma análise.