A ética da
psicanálise
Para o psicanalista Jacques Lacan
o seminário 7 - a ética da psicanálise
foi realizado num tempo difícil entre ele e a IPA, a Associação Internacional
de Psicanálise. Num período que culminou na sua exclusão do quadro de psicanalistas
didatas da instituição em 1963. Processo que Lacan denominou “a grande
excomunhão”. Passados alguns anos, no
seu seminário 20 - mais, ainda (1972-73),
Lacan irá dizer que de todos os seminários que viessem a ser publicados por
outras pessoas, o seminário 7 era o
único que gostaria de reescrever. Este seminário não foi publicado na época por
uma questão de polidez por parte de Lacan em relação aqueles que o criticavam. Também
não pretendia convencê-los de coisa alguma. O mesmo tinha um caráter subversivo
em relação a moral “psicanalítica” dominante. Estas observações reforçam a
importância do seminário pelas questões ali colocadas e desenvolvidas.
Somente cinco anos após a morte
de Lacan, em 1986, o seminário 7 – a
ética da psicanálise foi publicado e até hoje mantém seu vigor.
Neste seminário logo de início
Lacan diz que pretende falar de ética e não de moral, dando a indicação do que iria
desenvolver. Pretendia distanciar-se do caráter prescritivo – em termos de
valores e ideais de conduta, que caracteriza a reflexão filosófica sobre a
moral na época. A moral entendida como o conjunto de regras e normas que funcionam como um sistema de obrigações, um
sistema de coação social. Deste modo a reflexão que Lacan propõe neste
seminário não se limita ao reconhecimento do supereu, cujos paradoxos Freud já
havia assinalado. Mas vincula-se ao imperativo freudiano que diz o seguinte: onde está o isso, que o eu possa advir –
no que Lacan aponta para a iminência do desejo. Enfatizamos com isso a função
fecunda do desejo no direcionamento da ação humana e que o mesmo está no centro
da discussão ética para a psicanálise.
Para o psicanalista Jacques Lacan
o seminário 7 - a ética da psicanálise
foi realizado num tempo difícil entre ele e a IPA, a Associação Internacional
de Psicanálise. Num período que culminou na sua exclusão do quadro de psicanalistas
didatas da instituição em 1963. Processo que Lacan denominou “a grande
excomunhão”. Passados alguns anos, no
seu seminário 20 - mais, ainda (1972-73),
Lacan irá dizer que de todos os seminários que viessem a ser publicados por
outras pessoas, o seminário 7 era o
único que gostaria de reescrever. Este seminário não foi publicado na época por
uma questão de polidez por parte de Lacan em relação aqueles que o criticavam. Também
não pretendia convencê-los de coisa alguma. O mesmo tinha um caráter subversivo
em relação a moral “psicanalítica” dominante. Estas observações reforçam a
importância do seminário pelas questões ali colocadas e desenvolvidas.