segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O mau uso da inveja


A inferência da economia social na economia libidinal é uma realidade e temos que lidar com isso. Até porque o pano de fundo de todas as engendrações humanas é o econômico.  Há atualmente um comércio de imagens, um convite ao abuso das imagens ou do campo imaginário.
Imaginário, Simbólico e Real são três registros caros a psicanálise lacaniana. Bases de todo o desenvolvimento, compreensão e prática psicanalítica, em especial a lacaniana. Lacan se diz freudiano, então nos dizemos freudolacanianos.
Muito do que faz problema no nosso convívio diário, está no campo das relações humanas, ou na economia das relações e o objeto em causa.  E este objeto toma várias, ou inúmeras versões. Por exemplo, ser excluído por não possuir o objeto de desejo de uma maioria. Desejo este pré-dado, encomendado pelo discurso capitalista que dita o que deve ser consumido. Entenda-se que discurso é aquilo que engendra um modo de ser e estar no mundo. Não ter a coisa, ou o objeto que representa um lugar de reconhecimento na cultura, traz prejuízo e possibilita o mau uso da inveja.

A passagem da representação da coisa para a representação da palavra é o trabalho na clínica psicanalítica, ou mais precisamente de uma análise.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Servos

Somos servos do discurso
Ou de um curso que nos
Leva ao nascimento
Depois...na vida o trabalho será 
tirar o cimento desse
Nas  cimento 

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

  

As obras de arte ajudam a tornar tangíveis as emoções.



A natureza seleciona pela sobrevivência, o ser humano pela aparência.



Muitas vezes o amor termina empobrecendo a palavra, e não por sua causa se leva os méritos do gozo.
Não temos que saber de quem nos enamoramos, senão contra quem. Na verdade o que amo é que me amem. 

J. Lacan

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Des coberta

A descoberta freudiana do recalque e de seus efeitos na produção de sintomas impõe uma direção de tratamento que não deixa o psicanalista neutro.  O coloca, de certa forma, numa posição que diz da ética proposta pela prática. Numa análise o psicanalista quer algo, suspender o recalque. Por aí, suas intervenções, sua técnica, a interpretação e as construções que irá propor implica que se posicione acerca de uma questão que os filósofos desde sempre colocaram: é preciso ou não renunciar aos seus desejos?

O segredo dos políticos moralistas sempre foi incitar o sujeito a retirar suas fichas do jogo do desejo. Essa acusação não pode ser feita a Freud, pois suas produções consistem em dar ênfase aos danos provocados à renúncia das pulsões. Com isso podemos dizer que o mal estar na civilização é redutível ao mal estar do desejo.